Todas as noites, o mesmo som, a mesma música, a mesma roupa, as mesmas promessas. Ninguém poderia imaginar que naquela escuridão infinita que nem mesmo as estrelas conseguiriam apagar, mais uma vez aconteceria. Todos já imaginavam, principalmente ela, todos a olhavam com desconfiança e sigilo, mas ao mesmo tempo, curiosos, sobre sua história e seus desvaneios. Pensavam que era louca e ao mesmo tempo a achavam somente uma adolescente apaixonada. Mal sabiam que escondia muitos segredos por trás daqueles olhos negros e incertos e de seus cabelos lisos que esvoaçavam pelo vento como se fosse um redemoinho de pensamentos e medo.
Escondia em suas mãos marcas de muitas noites que passava acordada, sozinha, marcas de sonhos, aventuras e ilusões. Caminhava pelas ruas daquela cidade certa de si, sem olhar para trás e levava consigo retratos de muitos dias em outras vidas que agora se confrontavam com a única que possuia. Pensava que morava naquele lugar, mas com certeza não pertencia a ele (...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário